8.10.13
Bissau: "Ainda vai levar muito tempo"
"Este processo só agora é que está a ser lançado pelos Estados Unidos em termos de acusação, ainda vai levar muito tempo o processo da justiça americana para alguma conclusão em relação a Bubo Na Tchuto e em relação às acusações ao general António Indjai", disse em 19 de Abril Ramos-Horta, frisando a "total confiança" na justiça americana, pelo que ter-se-á que provar as acusações feitas.
"Creio que os acusados e os seus familiares podem estar tranquilos", sublinhou.
E, de facto, passados seis meses, o general António Indjai lá continua, muito tranquilo, como Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, a ameaçar inclusive o Governo que foi criado na sequência do seu golpe de Abril do ano passado.
Sábado passado, em Lisboa, numa reunião com guineenses, Ramos-Horta, representante em Lisboa do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, voltou a afirmar que convive bem com Indjai, a quem chega a tratar por "irmão".
Grande é o coração de Ramos-Horta, que no seu país deixou tanto crime impune, e que na Guiné-Bissau pelos vistos também não se importará muito de deixar impunes os oficiais generais que se meteram no tráfico de droga e de armas, arvorando-se o direito de ter sempre a última palavra sobre os destinos do país, que pouco de bom conseguiu nos seus primeiros 40 anos de vida "independente".
Independente da administração colonial portuguesa; mas muito dependente de poderosos interesses que se fazem sentir na África Ocidental e que são representados, nomeadamente, por um grupo de oficiais generais verdadeiramente desproporcionado e a necessitar de uma urgente passagem à reserva.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário