16.10.13

Bissau: Pior de mês para mês

Bissau (Lusa, 12 de Outubro de 2013) - Os chefes militares da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que se encontram de visita à Guiné-Bissau consideraram hoje que o nível de segurança no país “baixou desde o mês de Setembro” para cá. A conclusão foi transmitida aos jornalistas pelo general Soumaila Bakayoko, chefe do Estado-Maior da Costa do Marfim, no final de uma reunião de trabalho do comité de chefes militares da CEDEAO com o homólogo guineense, António Indjai, segundo a Lusa. “Em termos gerais a situação do país é normal, mas em termos de segurança podemos dizer que baixou desde o mês de Setembro, com alguns acontecimentos que nos deixam inquietados”, assinalou o general Bakayoko. Falando também em nome dos chefes dos estados-maiores generais do Senegal, Burkina-Faso e Nigéria, que o acompanharam, Soumaila Bakayoko adiantou que os responsáveis militares quiseram saber o que se passa e que medidas poderão ser tomadas para ajudar a Guiné-Bissau. O dirigente militar apontou as recentes manifestações de jovens pelas ruas de Bissau e referiu as situações de confronto físico com os soldados como sendo “sinais preocupantes”. Na terça-feira, centenas de jovens manifestaram-se pelas ruas de Bissau, tendo danificado viaturas e atirado pedras contra a embaixada da Nigéria, local onde diziam estar escondido um homem que, alegadamente, teria tentado raptar uma criança. No mesmo dia, um cidadão da Nigéria morreu ao ter sido linchado pela população de um bairro periférico de Bissau. A população tem associado os alegados raptos de crianças aos elementos da comunidade nigeriana radicada na Guiné-Bissau. Os chefes militares da CEDEAO querem ajudar a melhorar a situação de segurança na Guiné-Bissau para que as eleições gerais marcadas para 24 de Novembro decorram com “total tranquilidade”, observou Soumaila Bakayoko. A Guiné-Bissau é dirigida desde o golpe militar de Abril de 2012 por um Governo de transição que não é, contudo, reconhecido pela maioria da comunidade internacional.--- ---- E eles lá continuam com a fantochada de falar em eleições marcadas para 24 de Novembro, sem repararem que ainda não fizeram o recenseamento nem elaboraram os cadernos eleitorais, pelo que não há minimamente condições para qualquer acto eleitoral nos próximos quatro meses.

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