14.10.13

Muita fome em Timor-Leste e Moçambique

Berlim, 14 out (EFE).- Pelo menos 56 países estão em uma situação "grave" ou "muito grave" por suas insuficiências alimentícias, como Eritréia, Burundi e Comores, segundo o Índice Global da Fome de 2013 apresentado nesta segunda-feira em Berlim. O Índice Mundial da Fome, que chega a sua oitava edição neste ano, é resultado de um trabalho elaborado em conjunto pelo Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e as ONG Concern Worldwide e Welthungerhilfe, da Irlanda e da Alemanha, respectivamente. Os conflitos armados, as catástrofes naturais e os elevados preços dos alimentos são as principais agravantes da situação alimentícia mundial, declarou Barbel Dieckmann, presidente da Welthungerhilfe, ao divulgar seu relatório anual. Em entrevista coletiva, Dieckmann explicou que, apesar do nível de população subalimentada ter se reduzido desde 1990, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados antes do objetivo de erradicar a fome no mundo. Depois de Eritréia, Burundi e Comores, em situação extrema, a lista dos 16 países com problemas "muito graves" inclui Timor Leste, Sudão, Chade, Iêmen, Etiópia, Madagascar, Zâmbia, Haiti, República Centro-Africana, Serra Leoa, Burkina Fasso, Moçambique, Índia, Tanzânia, República do Congo e Níger. Além das nações com problemas "muito graves", outros 37 países também preocupam ao apresentarem uma carência alimentícia "grave", caso da Guatemala e da Bolívia. Para a realização do relatório, três parâmetros foram levados em consideração: a porcentagem de pessoas subalimentadas, a porcentagem de crianças abaixo dos cinco anos que sofrem carências alimentícias e a taxa de mortalidade infantil também abaixo dos cinco anos. De acordo com Welthungerhilfe e Concern Worlwide, com base nos dados publicados pela FAO em 2012, 870 milhões de pessoas enfrentam uma situação de subalimentação crônica.

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