6.10.13

Bissau: "Solidariedade total" de Xanana

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, encara como uma "obrigação" a visita de quatro dias que iniciou hoje à Guiné-Bissau, uma vez que o estado timorense detém a presidência do grupo G7+. O G7+ é uma organização criada em abril de 2011 que reúne 18 Estados-membros, entre os quais Timor-Leste e Guiné-Bissau, e que defende reformas no modo como a comunidade internacional apoia os países frágeis ou em situação de pós-conflito. "Detendo Timor-Leste a presidência do G7+, teríamos uma obrigação" em visitar a Guiné-Bissau, "como expressão de solidariedade total, para trocarmos impressões", destacou Xanana Gusmão. O governante e ex-combatente pela independência timorense, aterrou em Bissau pelas 00:40 locais de sábado (01:40 em Lisboa, num voo comercial da Transportadora Aérea Portuguesa (TAP), oriundo de Lisboa. Encontra-se acompanhado por uma comitiva que inclui Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin, na oposição em Timor-Leste. "Peço desculpas por ser esta a primeira vez que piso as terras irmãs da Guiné-Bissau", referiu, numa breve receção dada pelo primeiro-ministro de transição, Rui Duarte de Barros, no salão de honra do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira. Questionado pela Lusa sobre o que esperava dizer à classe política e às chefias militares guineenses, tendo em conta a sua experiência durante e após as épocas de conflito em Timor-Leste, Xanana Gusmão preferiu destacar a "troca de experiências". "Vamos ter vários encontros. Não viemos para ensinar nada. Viemos para trocar essas experiências", referiu, destacando o facto de a comitiva que dirige estar ao lado de Ramos-Horta, ex-presidente e governante timorense, que é agora o representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) em Bissau.-- ---- Solidariedade total com um sistema político resultante do golpe de estado do ano passado? Solidariedade com um Presidente e um Governo de transição, tutelado pelos militares?

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