7.11.14
Todo o "esterco" que há em Timor-Leste
António Veríssimo, PÁGINA GLOBAL
Taur Matan Ruak, presidente da República de Timor-Leste, emitiu um comunicado a propósito do último ato perpetrado por Xanana Gusmão para paralisar o setor da Justiça do país expulsando elementos do judiciário que eram cooperantes portugueses, cabo verdianos e australianos, principalmente, sob falsos pretextos. Procurando omitir que a ação nada tinha que ver com investigações em curso – por parte dos portugueses expulsos – de oito dos seus ministros.
As informações chegadas até ao Página Global indicam que também Xanana Gusmão estava incluído nessa investigação. As mesmas informações, provenientes de Timor-Leste, referiam mesmo suspeitas de um grupo que configura associação criminosa. Isto é grave, a corresponder à realidade. Devido a essa gravidade tomamos com reservas tais informações e aconselhamos os que nos lerem a assumir a mesma atitude. A seu tempo estamos em crer que alguma coisa se esclarecerá e que a máscara de Xanana Gusmão cairá por terra. Contudo reservamos o direito de aconselhar muita prudência porque se Xanana se sentir demasiadamente atacado pela justiça e pela verdade sobre o seu caráter poderá uma vez mais, como aquando do golpe de Estado de há anos, fazer de Timor-Leste terra-queimada, pondo tudo a ferro e fogo. Os motivos deste temor têm fundamentos que os que sempre acompanharam a luta de libertação do povo timorense e as peripécias de Xanana Gusmão (o “grande libertador”) hão-de reconhecer legitimidade.
Oportunamente, aqui no Página Global, daremos melhor trato ao que tem acontecido naquele país e aquilo que está a acontecer. Os timorenses não merecem mais tratos de polé, mais desprezos de alguém que os enganou e continua a enganar. Gerando manobras de diversão quando se vê confrontado com a realidade, com a justiça e a Constituição. Fazer aliados para Xanana significa trucidá-los se necessário caso veja nisso a correspondência das suas próprias conveniências.
Decerto que o PR de Timor-Leste não ignora qual o caráter de Xanana Gusmão. Até saberá que ele é um homem perigoso que aquando do golpe de Estado tinha por objetivo assassinar Taur, então Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas timorenses. Não o conseguiu, sendo assassinado na casa de Taur um dos seus homens de confiança. Xanana Gusmão negou e, anos mais tarde, até apoiou Taur na sua ascensão a Presidente da República.
Até prova em contrário devemos confiar em Taur Matan Ruak, que no seu percurso desde a guerrilha na luta de libertação, desde a sua juventude, tem sido um indivíduo sem mácula. Que sabe muito bem quem é Xanana Gusmão. Contudo Xanana é mestre da manipulação do seu próprio povo. Taur não. Tem sido honesto e transparente.
Foi esse homem, considerando a situação causada por Xanana Gusmão que emitiu um comunicado sobre a expulsão de magistrados portugueses por parte de Xanana Gusmão. Como se pode ler num comentário no Facebook, é o PR Taur que assume (como deve) “a difícil missão de limpar o esterco que Xanana Gusmão vem causando. Os timorenses merecem-no (e de que maneira!), Xanana não. É mais que tempo de esse salafrário ser desmascarado e sofrer as consequências daquilo que tem andado a fazer em prejuízo do povo de Timor-Leste.”
Depois desta prosa, que nos faz viajar entre a tristeza, a indignação e o temor, vem por bem o referido comunicado. Para bem de tudo e de todos será de desejar que a Justiça em Timor-Leste não paralise nem fique à mercê das interferências e ordens do manipulador Xanana Gusmão. Essa esperança está contida no comunicado que publicamos em seguida. (AV/PG)
7 de Novembro de 2014
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