Bissau: Seis anos de luta contra Cadogo Júnior

Em Outubro de 2005, mais de seis dezenas de antigos dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), ex-partido único, acusaram o seu compatriota Carlos Gomes Júnior de "irresponsabilidade". Numa "declaração política", os ex-dirigentes, na maioria apoiantes do então Chefe do Estado guineense, João Bernardo Vieira, tinham preparado o terreno para que o Governo de Cadogo Júnior caísse e outro fosse constituído. Aristides Gomes, Cipriano Cassamá, Helder Proença e Francisco Conduto de Pina andavam há meses a preparar o afastamento de Carlos Gomes Júnior, de modo a que Nino Vieira voltasse a dirigir como bem entendesse os assuntos da Guiné-Bissau. Em Dezembro de 2005, com um novo primeiro-ministro, inteiramente do seu agrado, Nino recuperou em absoluto o protagonismo que no princípio de 1998 tinha na política guineense, antes de um grupo de militares, sob o comando de Ansumane Mané e Veríssimo Correia Seabra, ter pegado em armas contra ele, que então pediu o apoio do Senegal e da República da Guiné (Conacri).