14.5.12

Como são os assaltos em Luanda

Os assaltantes de viaturas em Luanda adoptaram um novo modus operandis: na altura do assalto apresentam um formulário de compra e venda e pedem à vítima para assinar o nome tal e qual como no Bilhete de Identidade. Atenção! Está a acontecer em Luanda (onde mais poderia ser?) cidade onde, contrariamente ao que era suposto, possível e desejável, os criminosos trocaram as voltas à polícia. Adiante. Os assaltos de viaturas na capital do país já faziam parte do passado, mas eis que, nos últimos tempos (sobretudo desde altura em que Quim Ribeiro e «sus muchachos» deram com os costados na grades) voltaram a acontecer. Ou seja: o crime voltou aos becos, vielas, ruas e avenidas de Luanda. Ele (o crime) anda à solta (livre, livre como um passarinho!) sem Bilhete de Identidade, passaporte ou outro tipo de identificação e muitas vezes sobre a carlinga de uma mota rápida. Agora, os assaltantes de viaturas em Luanda adoptaram um novo modus operandis: na altura do assalto apresentam um formulário de compra e venda e pedem à vítima para assiná-lo tal e qual como no Bilhete de Identidade. Acto contínuo, levam o carro e o formulário de compra e venda assinado pela vítima, depois desta ter levado umas valentes bofetadas no rosto, sob a ameaça de uma (ou mais) pistola apontada à cabeça. Riam-se à vontade se quiserem, meus senhores. Mas a verdade é que neste conto (relato) não há pontos a mais e qualquer semelhança com ficção é pura realidade que tem como palco a capital do país. Digam lá, meus senhores, se os criminosos deram ou não à volta à segurança da capital do país? Façam a fineza de dizer de Vossa Justiça se a Polícia está ou não a perder para os criminosos? Enquanto isso o ministro do Interior, Sebastião Martins, vai anunciando que o pelouro por si dirigido vai implementar políticas de prevenção criminal e de apoio às vítimas de delitos, com vista a criar um quadro de maior estabilidade ao nível da ordem e segurança pública em Angola. Até lá, todo cuidado é (principalmente para quem anda de carro nas ruas e avenidas de Luanda) pouco, pois os assaltos vão continuar a somar e a seguir, de forma inexorável, o seu rumo. Jorge Eurico/Notícias Lusófonas

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