12.5.12

Bissau: PS português contra CEDEAO

O Partido Socialista português considera uma «decisão errada» a designação pela CEDEAO de Manuel Serifo Nhamadjo como Presidente de transição da Guiné-Bissau, porque «viola a ordem jurídica internacional». Em comunicado a que a Lusa teve acesso, o PS diz também que a decisão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) «contraria o consenso internacional plasmado nas posições e resoluções» das Nações Unidas, da União Europeia, da União Africana e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Os socialistas portugueses defendem «a necessidade de reposição imediata e incondicional da legalidade e da ordem constitucional na Guiné-Bissau», na sequência do golpe de Estado de 12 de abril, que derrubou o Presidente interino e o Governo do país, liderado por Carlos Gomes Júnior. O PS, através do seu secretário nacional para as Relações Internacionais, João Ribeiro, já transmitiu ao embaixador da Costa do Marfim para Portugal (acreditado em Paris), país que preside à CEDEAO, «preocupação» relativamente a esta decisão da organização, que qualifica como «errada». Foi também transmitida ao secretário executivo da CPLP e ao Governo português a posição do PS «no sentido de serem rapidamente efetivadas todas as decisões constantes da resolução da CPLP do passado dia 14 de abril e, em particular, a aplicação imediata das sanções individualizadas» contra os autores do golpe de Estado na Guiné-Bissau. O Partido Socialista solicitou também, junto do Partido Socialista Europeu (PSE), uma alteração à ordem de trabalhos da reunião do PSE que terá lugar na próxima semana em Bruxelas, no sentido de ser analisada a situação na Guiné-Bissau. LUSA

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