11.5.12
Bissau: CEDEAO em conluio com Indjai
O analista político Bissau-guineense Rui Landim corrobora a decisão da CEDEAO em aceitar a nomeação de Manuel Serifo Nhamadjo, presidente interino da Aseembleia Nacional, para presidir à transição e diz ser uma medida possível, embora não fosse desejada por uma das partes.
Na sua entrevista à Voz da América, o politólogo guineense sublinha que há muito que o seu país vivia num imbróglio político resultante da vacatura do poder imposta pela morte do presidente Malam Bacai Sanhá.
“Mas é preciso compreender que a Guiné-Bissau já se tinha mergulhado num imbróglio político desde o falecimento do presidente eleito Malam Bacai Sanhá e estava numa situação especial, para não dizer atípica…” afirmou Rui Landim.
Questionado se tinham ou não fundamento as críticas em relação a CEDEAO por parte de alguns sectores políticos acusam a organização sub-regional de se ter aliado aos golpistas, Rui Landim diz ser compreensível, tanto mais que o slogan “tolerância zero ao golpe de Estado” não se consumou.
Landim diz que há uma situação complexa e de perigo de derrapagem para uma guerra, e que ainda assim essas acusações revelam o desapontamento de algumas pessoas que estavam à espera por algo diferente.
“É fácil fazer oposição e naturalmente com alguma dôr de cotovelo por parte de algumas organizações que queriam o protagonismo que não conseguiram” rematou o analista político.
Rui Landim diz por outro lado que a decisão da CEDEAO inscreve-se como constitucional e é apoiada pelo artigo 71º da constituição guineense.
Quanto às garantias para a sua aplicação o analista político disse que a CEDEAO não deverá deixar de fazer pressões sobre os militares para que cumpram as tramitações da lei.
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