22.5.12

Explicações de um diplomata

A profundidade da decepção deve ser sempre produto da ponderação das variáveis que, surrealistamente ou não, queira-se ou não, impactam a realidade. Não existe um corpo unívoco chamado Conselho de Segurança. Nele estão 15 Estados e em cada um destes multiplicam-se as alas dos que lá não estão. Nele se reflectem interesses e objectivos muito díspares neste caso concreto, o que nenhuma novidade devia ser em sede de análise atenta. Profundamente decepcionante, no contexto hipertenso em que decorreram as quase 20 horas de negociação, seria não haver resolução e sanções, o que mantém uma porta em contra-corrente com o que é imposto in loco. O Conselho de Segurança faz o pouco ou o muito que o equilíbrio interno permite, algo por demais conhecido e que não permite decepções profundas, por mais que muito se quisesse e fizesse, e muito se fez e se quis, por um resultado mais além. Quanto aos 5 e não 6, a posição mais frutífera é tentar saber porquê e não assumir como verdade imediata que o CS decidiu eliminar da lista o Mário Có. Assim que dirimidos os porquês, ele para lá irá em tempo apropriado e em boa companhia. (assim me explicou um diplomata português a ineficácia do Conselho de Segurança das Nações Unidas no caso da Guiné-Bissau)

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