4.5.12
Bissau: CEDEAO versus UE
As decisões tomadas ontem em Dacar pela CEDEAO, contemporizando com os militares golpistas da Guiné-Bissau, são bastante diferentes das atitudes assumidas dia 23 de Abril em Bruxelas pelo Conselho da UE: "The European Union strongly condemns the coup d'état in Guinea-Bissau. It demands the
immediate reestablishment of the legitimate government, the completion of the interrupted
democratic electoral process and the immediate restoration of constitutional order.
"Self-appointed transitional institutions will not be recognised, nor any kind of arrangement
which would allow the armed forces to continue to threaten or control the civil powers".
A União Europeia foi contra um Conselho de Transição, mas a CEDEAO não anda muito longe disso, procurando até que Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior deixem de se considerar Presidente interino e primeiro-ministro ainda em funções.
O que o Senegal e a Costa do Marfim e o Burkina Faso, entre outros, querem é que as tropas angolanas saiam da Guiné-Bissau, que Luanda não construa o porto de águas profundas de Buba e que não se aproveite das muitas riquezas naturais ainda por explorar em solo guineense.
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