3.5.12

Bissau: Seis golpistas (6), diz Bruxelas

A União Europeia aprovou hoje sanções contra os líderes do golpe de Estado na Guiné-Bissau de 12 de abril passado, considerados "responsáveis de ameaçarem a paz, segurança e estabilidade" do país. As medidas restritivas -- interdição de entrar em território europeu e congelamento dos seus bens - dirigem-se a seis pessoas, cuja identidade só será conhecida na sexta-feira, quando a decisão for publicada no diário oficial da União. Num comunicado divulgado em Bruxelas, o Conselho indica que, "face à gravidade da atual situação na Guiné-Bissau", decidiu aprovar medidas restritivas dirigidas, que, segundo a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, visam "os líderes do recente golpe de Estado" no país, cuja identidade será divulgada publicamente na sexta-feira. "A UE condena firmemente (o golpe) e reclama que a ordem constitucional seja imediatamente reposta", acrescenta Catherine Ashton na mesma nota. Na sua última reunião, a 23 de abril, no Luxemburgo, os ministros dos negócios estrangeiros europeus haviam já advertido que a União Europeia estava "pronta" a aplicar sanções contra os responsáveis pela instabilidade na Guiné-Bissau. Na altura, os 27 afirmavam-se prontos a dirigir sanções "contra os indivíduos que continuam a levar a cabo ou a dar apoio a atos que ameaçam a paz, a segurança e a estabilidade da Guiné-Bissau", tendo fonte diplomática indicado à Lusa que o processo que levaria às medidas restritivas seria desencadeado nessa mesma semana, como uma análise de quem poderia figurar na lista. Depois de já ter estado sobre a mesa no início de 2011, o cenário de sanções europeias contra individualidades guineenses - na altura adiadas por iniciativa do então ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado -- ganhou desta feita forma, agora com o apoio de Portugal. A UE tem vindo repetidamente a advertir que rejeita o estabelecimento do autoproclamado Conselho Nacional de Transição, garantindo que as instituições de transição que se autonomearam não serão reconhecidas, "nem tão pouco qualquer género de acordo que permita às forças armadas continuarem a ameaçar ou a controlar os poderes civis". Também hoje, fonte da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) já havia revelado, à agência espanhola EFE, que a organização começou igualmente a elaborar uma lista de individualidades que serão sujeitas a sanções, aprovadas a 26 de abril passado. Lusa

Nenhum comentário: