5.5.12

Bissau: palavras de António Indjai

A carreira militar, para lá de outras definições conceptuais possíveis, significa, na nossa óptica, a combinação de três factores que são: Disciplina, Trabalho e Estudo. Todos estes factores só provocam a dinâmica se alicerçados sobre os instrumentos acima apontados. Qualquer organização militar que se move fora destes parâmetros tem dificuldade de promover mérito e, consequentemente, tenderá a catapultar para os cargos cimeiros os militares nem sempre mais bem cotados, o que por sua vez se vira um factor de estrangulamento em vez de contribuir para o progresso daquela organização. Só uma boa organização nos permitirá identificar, entre os militares do quadro permanente, aqueles que são premiáveis à disciplina, devotos ao trabalho e dedicados aos estudos. Qualquer iniciativa de apaziguar as Forças Armadas, em especial e a sociedade guineense em geral, que não passe por este quadro está condenada ao falhanço. A chamada e propalada reconciliação nacional que hoje se virou o vocábulo mais sonante só surtirá os seus efeitos no quadro duma organização saudável. Tudo o resto é falacioso e efémero. Porque temos a consciência de que só uma boa organização pode estabilizar o país duma vez para sempre, lançamos mão de recolha de experiência das Forças Armadas congéneres dos países irmãos, quer ao nível sub-regional (CEDEAO), quer ao nível da CPLP, e as visitas que efectuamos, enquanto CEMGFA, à Angola, ao Senegal, à Guiné-Conakry, ao Mali e, proximamente, ao Burkina Fasso se inscrevem neste quadro de busca incessante de soluções para os problemas das Forças Armadas. Com Angola temos acordos em vários domínios militares, cujos primeiros passos já foram dados com muitos êxitos, com o envio duma missão militar angolana multidisciplinar à Guiné-Bissau para proceder ao levantamento das necessidades básicas das nossas Forças Armadas, e desenha-se, para breve, a instalação duma missão permanente técnico-militar angolana para apoiar as nossas Forças Armadas na implementação da reforma no sector da Defesa. Sem contar com o importante apoio no domínio da formação militar sob cujo abrigo o primeiro contingente de seis militares guineenses, entre oficiais subalternos e superiores, frequentaram diversos cursos de formação na Escola Superior de Guerra Angolana, estando neste momento em formação o segundo contingente de 12 militares entre oficiais e cadetes a frequentar diversos cursos nas diversas instituições do ensino militar angolanas. ----- Isto está escrito no site das Forças Armadas guineenses, pela pena do Chefe do Estado-Maior General, o conhecido general golpista António Indjai

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