27.4.12

Bissau: Acusações a Cadogo Júnior

"[Há] uma onda de contestação a Carlos Gomes Júnior, ele terá morto muita gente, politicamente encomendou alguns assassinatos. Não sou eu quem o diz, é a ala do PAIGC [Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, do Governo afastado pelos militares] que entrou em confrontação com a ala apoiante dele. Se libertarmos agora Carlos Gomes Júnior, imagine que [alguém] aproveitava a oportunidade para o matar. Quem é que seria responsável? Não seríamos nós? Está sob nossa custódia, mas assim que for formado Governo será imediatamente libertado". Estas são declarações do tenente-coronel Daba Na Walna a João Manuel Rocha, do jornal PÚBLICO. Numa longa entrevista em que o dito porta-voz do dito Comando Militar golpista voltou a entrar numa série de contradições; designadamente sobre se o Comando e o Estado-Maior General são ou não são a mesma coisa. E sobre se António Indjai está ou não está directamente implicado em toda esta trama. O certo, o certo, é que começa a ganhar peso a tese de que há gente de fora por trás da acção dos golpistas guineenses. Gente altamente cotada nas esferas internacionais. Gente que usa Kumba e os militares como títeres; ou que pelo menos se aproveita da actuação dos mesmos para melhor defender os seus interesses.

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