Bissau: "A questão é económica"

A existir intervenção erxterna na Guiné-Bissau, ainda que por intermédio de "secundários", como Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e quejandos, é uma intervenção real das potências dominantes. Ou seja, estamos nós a dar o OK à intervenção real dessas potências que já estão a ser feitas através dos militares. (As armas ligeiras que os militares transportam não são obsoletas, mas de modelos muito recentes). Eles faziam o que estão a fazer se não houvesse alguém bem colocado para os mandar avançar? A questão é económica, a meu ver: Se essas potências fossem desmascaradas como os fautores principais da crise, e ela começou com a chamada guerra civil, onde os principais protagonistas foram Portugal, a França e os EUA, sim os EUA - e deixassem de financiar, por detrás, os chamados militares revoltosos, tudo se resolveria. Mas a questão é outra: Para mim, o central não é o narcotráfico, é o controlo futuro do petróleo e o bauxite. Além de que os narcotraficantes não se movimentariam, se não tivessem o apoio e o assentimento do sistema financeiro internacional. Um dos principais financiadores desse sistema são, precisamente, os narcotraficantes e os branqueadores de capitais, que não estão sedeados em Bissau, Conacry ou Dakar, mas em Wall Street, Nova Iorque e na City londrina. Serafim Lobato, jornalista e antigo militar português