O porta-voz do Comando Militar que tomou quinta-feira o poder na Guiné-Bissau insistiu que foi Angola quem levou as Forças Armadas guineenses a desencadear o golpe de Estado, para evitar a morte da cúpula da hierarquia castrense
Numa entrevista telefónica à Rádio de Cabo Verde, Daba Na Wana contou a versão do Comando Militar sobre o que levou aos acontecimentos da passada quinta-feira, argumentando que foi Angola quem "violou" o acordado entre os dois países, ao enviar para a Guiné-Bissau "material de guerra" à revelia das forças de segurança locais.
Daba Na Wana defendeu que a cooperação técnico-militar bilateral previa que Angola prestasse apoio na reforma da Defesa e Segurança da Guiné-Bissau e que o armamento pesado trazido para a sede da Missang (missão angolana em Bissau), além de não estar previsto, tinha outros fins.
O porta-voz dos revoltosos referiu que os "tanques com lagartas, carros de combate e alguns morteiros para canhão" chegaram inicialmente a Bissau sem conhecimento das Forças Armadas, que pediram explicações à Missang, tendo-lhes sido respondido que se destinavam a reforçar o exército guineense. "Tudo começou com um clima de desconfiança, que foi continuado desde que a Missang começou a transportar para Bissau material de guerra, violando claramente os acordos assinados entre os dois países no domínio da Defesa e Segurança. O acordo não incluía o envio de armas", afirmou.
Lusa
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